quinta-feira, 25 de abril de 2013

Colírio nos olhos




Em janeiro de 2007 nascia o jornal Ipu Grande, cujo número de estreia era lançado durante a festa do Reencontro, organizada pela Associação dos Filhos e Amigos do Ipu (Afai), realizada no quadro da Igrejinha, salvo engano, na noite do dia 20.
O Jornal causou euforia em alguns e decepção em outros. Logo na página 2, trazia uma charge, desenhada pelo pincel ávido do Arcanjo, mostrando a então prefeita e seu marido montados em uma tartaruga representando a prefeitura. A oposição, que tinha à frente o grupo dos “cururus”, derrotados no último pleito, vibrou, enquanto os defensores da “situação”, em tom de desaprovação, torciam os seus narizes.
Logo o periódico, escrito e mantido por um grupo de jovens estudantes de história, do Grupo Outra História, com a participação do professor Mello, foi apontado como um órgão opositor, pois a imprensa de Ipu, feita exclusivamente pelos microfones das rádios, ou era a favor do poder ou contra ele, paga para isso.
Mas o Grupo Outra História tinha como filosofia produzir um órgão que não seria, nem contra o governo, nem a favor da oposição, muito menos queria vantagens, em troca de apoio.
Procurados pela oposição, recusou o “apoio”, igualmente negado aos partidários da situação.
A charge acima, produzida pelo Arcanjo e publicada na capa da segunda edição daquele periódico, tinha a pretensão de justamente mostrar isso. Queríamos ter pensamento próprio, quer dizer, livre das amarras partidárias, e mostrar que anos de estudos e as nossas próprias consciências não estavam à venda e nem era uma mercadoria que, posta no mercado, se trocaria por vantagens.
O Jornal Ipu Grande, de volta, continua com a mesma filosofia.




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