quarta-feira, 24 de abril de 2013

"O País dos Mourões” - Parte VII (final)




O ASSALTO À CADEIA DE IPU: 1846


Alexandre Mourão, e seu bando, atacaram a cadeia de Ipu, em 1846, a fim de libertar alguns de seus capangas, presos pelos Melo e pelo Padre Correia, e investir contra estes.
A cadeia ficava atrás da igreja, no atual Quadro da Igrejinha. Era um prédio de taipa e que servia ao mesmo tempo de quartel e cadeia. No local havia um destacamento preparado para tal investida. Na ocasião, caíram morto José de Barros Mourão, um dos líderes do bando de Alexandre e um soldado do destacamento local, ficando outros três feridos. Na ocasião, foram presos, João Ribeiro e Raimundo Gadelha. Diante da resistência, o bando bate em retirada, seguindo para o sítio Canabrava, onde residia o delegado, que na ocasião encontrava-se enfermo. Lá chegando, arrombam as portas, mataram um escravo do doente, e o próprio Alexandre desfere várias rajadas de bala no delegado, que falece, três dias depois.
Termina, portanto, tragicamente, o episódio do Assalto à Cadeia de Ipu. Depois disso, os Melo e o Padre Correia, com a ajuda do presidente provincial, empreendem uma caçada aos Mourões, assassinando parte do seu bando. Depois disso, o poder dos Mourões arrefece. O assalto à cadeia de Ipu parece ter sido o seu último grande feito.
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