quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ipu: perfil urbano III



Quadro da Igrejinha. Foto: blog. prof. Mello
No entanto, é visível que a população vive melhor hoje do que há dez anos, por exemplo. Isso se deve em grande parte aos programas de transferência de renda do governo federal, que fazem o comércio e a pequena produção industrial girar. De outro lado, a diminuição dos índices de analfabetismo e o maior acesso dos jovens a cursos superiores, sobretudo, na citada Universidade Estadual Vale do Acaraú e em universidade particulares de Sobral, forma um quadro de mão de obra mais bem qualificada. De outro lado, nos últimos anos, o aumento de funcionários públicos, nos âmbitos municipal e estadual, com o significativo aumento dos quadros de professores, em função do avanço da oferta de vagas nas escolas de ensino básico, também tem contribuído para melhorar a vida de muitas pessoas e para aumentar a renda circulante no município.
Percebe-se um aumento significativo da classe média local, o que pode ser medido pelo aumento da frota de veículos na cidade e o avanço das residências imponentes, além do aquecimento das vendas do setor de eletrodomésticos.
Não obstante, uma massa de pobres e miseráveis, que vive nas áreas suburbanas, parece não ceder. Embora as transformações econômicas e sociais no município tenham melhorado, até hoje, os governos municipais não criaram políticas públicas consistentes de combate à pobreza.
Em razão dos muitos problemas vividos pela cidade, a violência, nos últimos anos, vem se tornando algo preocupante, com assaltos aos estabelecimentos comerciais e à população, bem como o surgimento do tráfico de drogas, uma novidade que não é bem vinda e da qual o poder público ainda não sabe lidar.
A cidade também se ressente de espaços de lazer: não possui teatros, cinemas ou museus, espaços culturais ou boas bibliotecas públicas. As opções de lazer e diversão para a juventude, bastante restritos, se resumem aos encontros nos muitos bares da cidade, que têm se proliferado assustadoramente, e às reuniões de paredões de som, eventos realizados semanalmente, uma febre atualmente, que reúne uma multidão de jovens e adolescentes em busca de diversão e bebida, o que coloca problemas sérios de perturbação do sossego da população, levando o ministério público, mais recentemente, a proibir paredões de som e som de carro ligado a todo volume nos bares e locais do perímetro urbano da cidade. Além disso, o uso excessivo de bebidas alcoólicas por parte de adolescentes e menores, associado ao volante, têm causado acidentes constante e a perda de vidas, de forma banal, de muitos desses jovens. É raro um final de semana sem acidentes envolvendo jovens motociclistas embriagados.

Continua...


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