quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

IBGE: Brasil ainda tem quase 12 milhões de analfabetos



De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final de dezembro do ano passado, o Brasil tinha, em 2016, 11,8 milhões de analfabetos, o que representava 7,2% da população de 15 anos ou mais de idade, que constitui a taxa de analfabetismo. Para o IBGE, um analfabeto não sabe ler e escrever um bilhete simples.
A região que concentra a maior taxa de analfabetismo, 14,8%, é o Nordeste, ou 6,5 milhões de pessoas, o dobro da média nacional, e significa,em números absolutos, pouco mais da metade do total nacional. As regiões com os índices menores são o Sul (3,6%) e o Sudeste (3,8%).
A taxa de analfabetismo cresce quando são consideradas faixas etárias mais elevadas da população. Entre aqueles com 60 anos ou mais, o índice chega a 20,4%, o que equivale a 6 milhões de pessoas.
Entre as pessoas pretas ou pardas, a taxa de analfabetismo dobra. Entre aquelas brancas de 15 anos ou mais, 4,2% são analfabetas.

Nível de instrução

Pela pesquisa, o nível de instrução da população permanece baixo, apesar dos avanços nas últimas décadas. Segundo os dados, metade da população brasileira de 25 anos ou mais de idade não completou o ensino médio, o que equivale a 66,3 milhões de pessoas. Os números são equivalentes ao ano de 2016. Apenas 26,3% das pessoas na mesma faixa etária tinham o ensino médio completo ou equivalente. Para o ensino superior, o percentual cai para 15,3%. Norte e Nordeste ficam mais uma vez com os piores índices, no Brasil, entre aqueles que possuíam curso superior, respectivamente, 11,1% e 9,9%. Centro-Oeste (17,4%) e Sudeste (18,6%) ficavam com as maiores proporções. 2,5% da população não alcançou o ensino fundamental completo. Já na região Sudeste, 51,1% tinham pelo menos o ensino médio completo.

Anos de estudo

O número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade era de 8 anos. As mulheres (8,2 anos) estudam mais do que os homens (7,8 anos). Brancos (9 anos) têm mais tempo de estudos do que os pretos e pardos (7,1 anos).
O Brasil não atingiu as metas traçadas pelo PNE, que previa a universalização do atendimento escolar para a população de 15 e 17 anos até 2016. A taxa de escolarização nessas faixas de idade foi de 87,2%, e apenas 68% delas estavam na série adequada para a idade.
Nos grupos etários de 6 a 14 anos, a taxa de escolarização alcançou 99,2%, considerados pelo governo como universalizados.
O resultado da pesquisa, com dados quantitativos, isto é, que não levam em consideração a qualidade da aprendizagem, demonstra que o Brasil ainda não priorizou a educação e que há ainda muito espaço para avançar. Com a gradativa diminuição dos recursos destinadas a pasta, não há perspectiva de melhora.  




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