segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Nas trilhas do sertão: sucesso editorial do Grupo Outra História



 


          “Nas trilhas do sertão” é uma coleção organizada pelo Grupo Outra História, formado por historiadores, que reúne recentes pesquisas historiográficas desenvolvidas na academia e publicadas todo ano em um volume. O sétimo número já está em curso, e duas edições, das seis publicadas, estão esgotadas. Podem, no entanto, ser adquiridas por demanda nas principais livrarias virtuais, caso da edição de estreia.

          O primeiro volume da coleção (capa acima) trata da formação da ideia de cidadania, nação, Estado e identidade no interior do Ceará na primeira metade do século XIX, aproximações entre Literatura e História, a experiência do Círculo Operário de Ipu no combate ao comunismo (1932), a construção mítica em torno da figura de Joana Paula Vieira Mimosa, tida como a fundadora de Ipu, as práticas sexuais e o cabaré da Rua da Mangueira no início do século XX e a relação entre as instituições do Estado brasileiro, em formação, e as elites na região do Aracaú, Ceará.       


Dados da obra

Título: Nas trilhas do sertão: escritos de cultura e política nos interiores do Ceará (1850-1930). Volume 1

Organizadores: Antonio Vitorino Farias Filho e Raimundo Alves de Araújo.

Editora: SertãoCult

160 Páginas.

Compra por demanda no link (copie e cole no seu navegador): https://www.amazon.com.br/Nas-trilhas-do-sert%C3%A3o-I/dp/8567960002/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=GBXOK750ZN74&keywords=nas+trilhas+do+sert%C3%A3o&qid=1643677082&sprefix=nas+trilhas+do+sert%C3%A3o%2Caps%2C211&sr=8-1

 

 

 



[1] WHITE, Hayden. Meta-história: a imaginação histórica do século XIX. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008. Neste livro instigante, Hayden White propõe uma análise da, assim chamada por ele, “consciência histórica do século XIX”. Aqui, o autor discute as principais obras dos historiadores do século XIX, Tocqueville, Michelet, Ranke e Burckhardt, e dos filósofos da história do mesmo período, Hegel, Michelet, Marx e Croce. Inova ao propor uma interpretação sobre a metodologia do trabalho histórico, que não consiste em discutir as escolas históricas, como os estudiosos estavam acostumados a fazer, mas com base nas estratégias narrativas que cada autor leva a cabo, em sua produção e discussão do campo. Para tanto, se vale do auxílio de instrumentos conceituais da linguística e da crítica literária, isso porque o autor define o trabalho histórico como “uma estrutura verbal, na forma de discurso narrativo em prosa, que pretende ser um modelo, ou ícone, de estruturas e processos passados no interesse de explicar o que eram representando-o”. (p. 18). Portanto, busca identificar e analisar nas obras dos historiadores do século XIX, os componentes estruturais das narrativas e suas estratégias narrativas levadas a cabo.

 

 

[2] REZENDE, Antonio Paulo. Apresentação. In: BARROS, Natália; REZENDE, Antonio Paulo; SILVA, Jaílson Pereira (Org.). Os anos 1920: Histórias de um tempo. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2012, p. 12.

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