O Ministério da Educação (MEC) divulgou
nesta quinta-feira, 11 de janeiro, o resultado, por escola, do Exame Nacional
do Ensino Médio (ENEM) de 2016. Na lista aparecem 7 escolas ipuenses, 4
públicas e 3 da rede privada. Entre as escolas privadas, em todos os cenários,
o Instituto Kairós obteve a primeira posição. A média da escola, nas provas
objetivas foi de 536.85 pontos, seguida pelo Patronato Sousa Carvalho (517.37)
e pelo Colégio Ipuense (514.45). Na redação, o Instituto Kairós também lidera,
com a média de 702.5 pontos, seguido pelo Colégio Ipuense (615.86) e pelo
Patronato (603.53)
Quando somamos as médias das notas das
provas objetivas com aquelas da redação, usando a metodologia do MEC[1],
a maior média também é do Instituto Kairós (569,98), seguido pelo Colégio
Ipuense (534,73) e pelo Patronato (534,6).
Entre as escolas públicas, a maior
média das provas objetivas foi obtida pela Escola Delmiro Golveia (463.73),
seguida da Escola Auton Aragão (448.31), Antonio Pereira de Farias (442.25) e
Dona Thereza Odette (412). Quando somamos as médias das notas das provas
objetivas com a aquelas da redação, o cenário não muda, também a escola Delmiro
Gouveia fica na frente (462,11), seguida pelo Auton Aragão (449,04), Antonio
Pereira de Farias (434,67) e Dona Thereza Odette (429,66).
Auton Aragão avança
Destacamos o avanço da escola Auton
Aragão que, em 2012, estava em último lugar entre as escolas públicas de Ipu e
obteve, agora, a maior média em linguagens e uma diferença, para a primeira
colocada, nas médias das provas objetivas, de apenas 15,42 pontos e apenas de
13,03 pontos quando somadas as notas das provas objetivas com as da redação.
Não há grandes disparidades
Entre as escolas públicas, como
demonstram os dados, não há grandes disparidades entre as médias. Vários são os
fatores que explicam por que as escolas privadas estão na frente, dentre eles
está o nível socioeconômico mais elevado dos alunos, o que segue uma tendência
nacional, segundo estudos.
De acordo com levantamento realizado
pela Folha de São Paulo, apenas uma entre as 10 escolas mais bem posicionadas
no ranking do ENEM 2016, elaborada pelo jornal, é da rede pública. Entre as
escolas com as melhores médias, o padrão socioeconômico dos alunos é de nível
elevado, o que evidencia uma relação importante entre nível socioeconômico e
desempenho escolar. Nesse grupo de elite, as médias variam de 569,7 a 730,6
pontos.
Na outra ponta, as escolas com notas
mais baixas ou 10% do total são unidades estaduais de Ensino. Um terço delas
tem alunos com perfil socioeconômico “baixo” e “muito baixo”, os dois menores
níveis.
Nem sempre as maiores notas espelham a realidade
Nem sempre as maiores notas das escolas
que estão no topo do ranking espelham a realidade, uma vez que tais
estabelecimentos, segundo a Folha de São Paulo, selecionam os melhores alunos
num colégio de aplicação tratado como independente de sua vasta rede. Cita o
exemplo do Colégio Objetivo Integrado, de São Paulo, e o Colégio de Aplicação
Farias Brito, no Ceará, que tiveram apenas 34 e 44 alunos na prova,
respectivamente.
Segundo o jornal, “O Farias Brito,
tradicional grupo educacional do Nordeste, trata o Colégio de aplicação como
escola independente. Mas na prática, são turmas formadas com os melhores alunos
de outras unidades, selecionados desde o 6º ano”.
Pioneira na estratégia, o Colégio
Objetivo criou a sua unidade integrada em 2010. Com as notas dos 44 alunos que
fizeram a prova em 2016, a sua média foi de 743,21, a maior do país. Como
demonstra o jornal paulista, “turmas com bons alunos são formadas no 1º ano,
mas só uma classe chega no 3º ano”.
Com 331 alunos na prova, o colégio teve
média de 620,89, o que a coloca na 199º entre as escolas com mais de 61 alunos
no exame.
No caso do Colégio Central Farias
Brito, com seus 338 alunos no ENEM 2016, sua média, 603,22, deixa o
estabelecimento na 452º entre as escolas com mais 61 alunos inscritos.
[1] Que consiste em multiplicar por quatro a nota das provas objetivas,
somar com a prova da redação e dividir por 5.
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