O ASSALTO À CADEIA DE IPU: 1846
Alexandre Mourão, e seu
bando, atacaram a cadeia de Ipu, em 1846, a fim de libertar alguns de seus
capangas, presos pelos Melo e pelo Padre Correia, e investir contra estes.
A cadeia ficava atrás da
igreja, no atual Quadro da Igrejinha. Era um prédio de taipa e que servia ao
mesmo tempo de quartel e cadeia. No local havia um destacamento preparado para
tal investida. Na ocasião, caíram morto José de Barros Mourão, um dos líderes
do bando de Alexandre e um soldado do destacamento local, ficando outros três
feridos. Na ocasião, foram presos, João Ribeiro e Raimundo Gadelha. Diante da
resistência, o bando bate em retirada, seguindo para o sítio Canabrava, onde
residia o delegado, que na ocasião encontrava-se enfermo. Lá chegando, arrombam
as portas, mataram um escravo do doente, e o próprio Alexandre desfere várias
rajadas de bala no delegado, que falece, três dias depois.
Termina, portanto,
tragicamente, o episódio do Assalto à Cadeia de Ipu. Depois disso, os Melo e o
Padre Correia, com a ajuda do presidente provincial, empreendem uma caçada aos
Mourões, assassinando parte do seu bando. Depois disso, o poder dos Mourões
arrefece. O assalto à cadeia de Ipu parece ter sido o seu último grande feito.
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