Quadro da Igrejinha. Foto: blog. prof. Mello |
No
entanto, é visível que a população vive melhor hoje do que há dez anos, por
exemplo. Isso se deve em grande parte aos programas de transferência de renda
do governo federal, que fazem o comércio e a pequena produção industrial girar.
De outro lado, a diminuição dos índices de analfabetismo e o maior acesso dos
jovens a cursos superiores, sobretudo, na citada Universidade Estadual Vale do
Acaraú e em universidade particulares de Sobral, forma um quadro de mão de obra
mais bem qualificada. De outro lado, nos últimos anos, o aumento de
funcionários públicos, nos âmbitos municipal e estadual, com o significativo
aumento dos quadros de professores, em função do avanço da oferta de vagas nas
escolas de ensino básico, também tem contribuído para melhorar a vida de muitas
pessoas e para aumentar a renda circulante no município.
Percebe-se
um aumento significativo da classe média local, o que pode ser medido pelo
aumento da frota de veículos na cidade e o avanço das residências imponentes,
além do aquecimento das vendas do setor de eletrodomésticos.
Não
obstante, uma massa de pobres e miseráveis, que vive nas áreas suburbanas,
parece não ceder. Embora as transformações econômicas e sociais no município
tenham melhorado, até hoje, os governos municipais não criaram políticas
públicas consistentes de combate à pobreza.
Em razão
dos muitos problemas vividos pela cidade, a violência, nos últimos anos, vem se
tornando algo preocupante, com assaltos aos estabelecimentos comerciais e à
população, bem como o surgimento do tráfico de drogas, uma novidade que não é
bem vinda e da qual o poder público ainda não sabe lidar.
A cidade
também se ressente de espaços de lazer: não possui teatros, cinemas ou museus,
espaços culturais ou boas bibliotecas públicas. As opções de lazer e diversão
para a juventude, bastante restritos, se resumem aos encontros nos muitos bares
da cidade, que têm se proliferado assustadoramente, e às reuniões de paredões
de som, eventos realizados semanalmente, uma febre atualmente, que reúne uma
multidão de jovens e adolescentes em busca de diversão e bebida, o que coloca
problemas sérios de perturbação do sossego da população, levando o ministério
público, mais recentemente, a proibir paredões de som e som de carro ligado a
todo volume nos bares e locais do perímetro urbano da cidade. Além disso, o uso
excessivo de bebidas alcoólicas por parte de adolescentes e menores, associado
ao volante, têm causado acidentes constante e a perda de vidas, de forma banal,
de muitos desses jovens. É raro um final de semana sem acidentes envolvendo
jovens motociclistas embriagados.
Continua...
Continua...
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