Rocha Aguiar. Foto do acervo do prof. Mello |
Na ditadura, surge uma nova liderança
política no âmbito local, trata-se de Francisco Rocha Aguiar, médico de
Camocim, que chegou em Ipu em 1952, como funcionário da Divisão de Organização
Sanitária do Departamento de Endemias Rurais (DNERU). Com ampla penetração nos
meios populares locais, logo adquiriu prestígio. A sua eleição para o executivo
em 1966, desbancou o poder das tradicionais forças políticas de Ipu que, desde
então, passaram a fazer alianças com ele, impossibilitadas de disputar a
prefeitura com chances de vencer.
Nas
décadas de 60 e 70, Rocha Aguiar consolidou a sua liderança, elegeu seus
sucessores, Ximenes Veras (1971-1972) e sua esposa, Maria Antonieta Rocha
Aguiar (1973-1976). A ascensão de sua liderança foi favorecida pelas patéticas
administrações anteriores e pela estagnação econômica que vivia a cidade desde
a década de 1940.
O
seu poder, em âmbito local, só seria desbancado com as ascensão dos
Pereira/Mororó, no final dos anos 1970, quando Antonio Milton Pereira derrotou
a candidatura do então vice-prefeito de Maria Antonieta Rocha Aguiar, Francisco
Pinto de Oliveira.
Milton
Pereira representava a volta de antigas lideranças políticas da era da ditadura
de Vargas. Percebendo que se não fizesse um bom governo não consolidaria sua
liderança, buscou por em prática uma administração pautada em obras públicas e voltada
para o social, com a fundação do Centro Social Urbano, por exemplo. Desta
forma, conseguiu eleger o seu sucessor, Eufrásio Mororó (1982-1988) e em 1989
novamente seria prefeito em Ipu, com o apoio de seu antecessor.
Milton Pereira disputou as eleições de 1989 com José Carlos Sobrinho Zezé), e Francisco Luciano de Paiva
(PT). Zezé despontava como
liderança, no espaço deixado por Rocha Aguiar, agora eleito deputado Estadual,
em 1979, e longe de seu colégio eleitoral, residindo na Capital do Estado. Em
1982 tentaria voltar à cadeira de prefeito sendo, no entanto, derrotado por
Francisco Eufrásio Mororó.
Continua...
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