"Logotipo", "selo", sei lá, do Grupo Outra História. Desenho de Raimundo Arcanjo. |
A ideia de criar um
grupo de pesquisadores da história do Ipu parece ter partido não apenas de um
estudante universitário. Na ocasião, creio, estávamos indignados com a tão pouca produção
historiográfica sobre o município. A partir daí, um grupo de cinco formandos em
história e outro já formado, começou a reunir-se frequentemente para propor
caminhos. Eram eles Petrônio Lima, Jorge Luis, Raimundo de Araújo, Reginaldo
Araújo, Iramar Miranda e eu. A ideia de formar um grupo de pesquisa veio em 2004.
O nome foi sugerido por Raimundo de Araújo. Concordamos de imediato: Grupo Outra História. Este resumia muito de nossas pretensões. Queríamos
fazer uma história diferente da que nos era apresentada, mas sem desprezá-la,
evidentemente. O nosso objetivo era reescrever a “história de Ipu”, a partir do
que já se tinha escrito. Hoje temos plena consciência de que aquele nome era, senão
totalmente, pelo menos impróprio, meio arrogante até, ainda que
inconscientemente.
O
objetivo principal do grupo era a produção historiográfica, sobretudo, tendo a
cidade de Ipu como objeto privilegiado de estudo. Nossas pretensões eram
arrojadas. Queríamos, em primeiro lugar, fundar uma revista anual, em forma de
livro, algo que só se concretizará neste ano, cujo primeiro número contemplaria
a “nossa história”: uma espécie de coletânea de artigos que reuniria os
resultados das nossas pesquisas, então em andamento, hoje, no entanto,
concluídas; manter um jornal histórico-literário, o mais longe possível do
partidarismo político e dos ditamos cruéis do mercado; e, finalmente, pretendíamos
publicar um livro didático sobre a História
do Ipu, pois considerávamos inadmissível que nossos alunos estudassem em
nossas escolas as tradicionais História
do Brasil e Geral, sem terem,
sequer, um conhecimento rasteiro de sua própria história. Era e ainda é uma
falha imensa de nosso sistema educacional, que não valoriza sua própria história
e cultura, devidamente, creio.
Na
nossa concepção, o grupo deveria fugir das formalidades (nada de estatutos,
nada de cerimônias pomposas, nem mensalidade, sistema classificatório ou regras
para aceitar seus membros. Nada de símbolos usados para produzir impacto,
respeito ou afirmar uma posição superior: diploma, medalha, beca, smoking, cartola, sei mais lá mais o
quê. Em última análise, queríamos fugir do academicismo, do peso da tradição,
do conservadorismo estanque, do pensamente reacionário.
No entanto, o Outra História acabou se transformando
num grupo de pesquisa, e que já deu bons frutos. Dos seis membros fundadores, um
já é doutor em história, preparando seu livro para publicação; três são
doutorandos em história; um é mestre em história, se preparando para o doutorado;
e o outro é especialista em Teoria e Metodologia da História.
O Grupo, disperso,
permanece na informalidade. Em julho lançaremos, no V Simpósio de Ipu, o nosso
primeiro livro (coletânea de seis artigos), número 1 da coleção intitulada Outra História, cujo “selo” é a imagem
acima, carregada de simbolismo.
Alguém se arriscaria a
analisá-la?
Ao fundo a nossa magnifica Bica do Ipu, moldada pela Natureza e expressa em rimas e versos por muitos Ipuenses. Iracema, nosso mito, a nossa lenda que se fez/virou história, pois foi a partir do romance do cearense José de Alencar, que a nossa terra teve reconhecimento nacional, virou lenda, virou história. Em suas mãos um livros e uma tocha, que nos remete a um dos maiores símbolos mundiais, a Estatua da Liberdade. A liberdade Iluminando o Mundo ou seria, a Liberdade iluminando o Ipuense, que nos remete a Independência; Nos lembram os ideias Iluminisas, a Liberdade de expressão em busca da Sabedoria. Portanto é um ideia de uma apoio intelectual, ressaltando sempre a nossa cultura a nossa história, representada pela pena na cabeça da India. OU será uma OUTRA HISTÓRIA?
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