O Herói conhece o seu primeiro amor, uma jovem
atriz, Sibyl Vane, de apenas 17 anos. Apaixona-se por sua beleza e talento.
Resolve casar-se com ela. Convida Basil e Lorde Henry para assistir a uma
dramatização da jovem. Antes de Dorian, toda a energia dessa atriz estava
centrada para os palcos, mas agora estava voltada para o amor a Dorian.
Perdendo a capacidade de atuar, é desprezada cruelmente por Dorian. O desespero
da perda de seu amor, leva-a ao suicídio. Tal fato exerceu uma primeira mudança
no caráter do herói, o que se faz sentir em seu retrato. Percebe algo de
estranho em seu sorriso: espécie de cinismo e maldade. Outros acontecimentos
exercem sobre o caráter do herói influências profundas, alterando sua
personalidade.
Todas essas mudanças são visíveis no quadro de
Dorian Gray que se modifica conforme sua personalidade sofre alterações, como
se sua alma ficasse transfigurada, o que o faz esconder o seu retrato.
O ideal de Dorian, incitado por Lorde Henry é a
busca de prazer. As consequências disso são desprezadas em nome de um valor
maior.
Dorian parece ser aquele jovem em busca de uma
identidade. As influências sobre ele são devastadoras. Entregando-se aos
prazeres sensuais, vive uma vida decadente. O seu retrato parece registrar as
suas transgressões, o que o horroriza. O contrário do que pensou ocorre. Ao
invés de envelhecer e o seu retrato permanecer o mesmo, ocorro o oposto: ele se
mantém com a aparência jovem e bela, enquanto o seu retrato envelhece.
Representa a sua alma decadente.
Dorian, no seu mundo de prazeres, tornou-se
frio. Destruiu vidas, assassinou seu amigo Basil, quando este descobriu o seu
segredo. Levou um outro amigo, um químico, ao suicídio após obrigá-lo a
livrar-se do corpo moribundo.
Escondendo as provas de sua culpa, acreditou
que seria o suficiente, mas não conseguiu libertar a sua consciência do peso de
suas ações.
Passados 25 anos da morte do primeiro amor de
Dorian, um irmão daquela atriz retorna da Austrália. James Vane procura pelo
sedutor de sua irmã para matá-lo, porém morre em um acidente. Este fato liberta
Dorian Gray de sua vida de sedução e prazer. Pensou ser possível curar a sua
alma e levar uma vida pura. Amaldiçoou sua beleza e mocidade, culpando-a de
suas desgraças.
Apesar de suas boas ações, o quadro não se
alterara, denunciando a decadência de sua alma. O seu retrato estava ali para
condená-lo, bastava fitá-lo. Diante daquela figura monstruosa, que lembrava à
sua consciência de todas as suas ações horrendas, comete, ao final, suicídio.
Continua...
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