De acordo com a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final de dezembro do
ano passado, o Brasil tinha, em 2016, 11,8 milhões de analfabetos, o que
representava 7,2% da população de 15 anos ou mais de idade, que constitui a
taxa de analfabetismo. Para o IBGE, um analfabeto não sabe ler e escrever um
bilhete simples.
A região que concentra a maior
taxa de analfabetismo, 14,8%, é o Nordeste, ou 6,5 milhões de pessoas, o dobro
da média nacional, e significa,em números absolutos, pouco mais da metade do total nacional. As regiões com os
índices menores são o Sul (3,6%) e o Sudeste (3,8%).
A taxa de analfabetismo cresce
quando são consideradas faixas etárias mais elevadas da população. Entre aqueles
com 60 anos ou mais, o índice chega a 20,4%, o que equivale a 6 milhões de
pessoas.
Entre as pessoas pretas ou
pardas, a taxa de analfabetismo dobra. Entre aquelas brancas de 15 anos ou
mais, 4,2% são analfabetas.
Nível de instrução
Pela pesquisa, o nível de
instrução da população permanece baixo, apesar dos avanços nas últimas décadas.
Segundo os dados, metade da população brasileira de 25 anos ou mais de idade
não completou o ensino médio, o que equivale a 66,3 milhões de pessoas. Os
números são equivalentes ao ano de 2016. Apenas 26,3% das pessoas na mesma
faixa etária tinham o ensino médio completo ou equivalente. Para o ensino
superior, o percentual cai para 15,3%. Norte e Nordeste ficam mais uma vez com
os piores índices, no Brasil, entre aqueles que possuíam curso superior,
respectivamente, 11,1% e 9,9%. Centro-Oeste (17,4%) e Sudeste (18,6%) ficavam
com as maiores proporções. 2,5% da população não alcançou o ensino fundamental
completo. Já na região Sudeste, 51,1% tinham pelo menos o ensino médio completo.
Anos de estudo
O número médio de anos de
estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade era de 8 anos. As mulheres (8,2
anos) estudam mais do que os homens (7,8 anos). Brancos (9 anos) têm mais tempo
de estudos do que os pretos e pardos (7,1 anos).
O Brasil não atingiu as metas
traçadas pelo PNE, que previa a universalização do atendimento escolar para a
população de 15 e 17 anos até 2016. A taxa de escolarização nessas faixas de
idade foi de 87,2%, e apenas 68% delas estavam na série adequada para a idade.
Nos grupos etários de 6 a 14
anos, a taxa de escolarização alcançou 99,2%, considerados pelo governo como
universalizados.
O resultado da pesquisa, com
dados quantitativos, isto é, que não levam em consideração a qualidade da aprendizagem,
demonstra que o Brasil ainda não priorizou a educação e que há ainda muito
espaço para avançar. Com a gradativa diminuição dos recursos destinadas a pasta,
não há perspectiva de melhora.
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